Os “Millenials” serão a primeira geração a naturalizar a morte?

Por que um número cada vez maior de jovens está escrevendo seus testamentos e organizando seus funerais?

Por muito tempo a morte foi tratada como uma coisa distante e menos provável do que tem sido nos dias atuais. A nossa civilização tem um longo histórico de catástrofes naturais, pandemias, guerras, e todo tipo de situação onde a vida pode se encerrar em um estalo de dedos.

Podemos também destacar os homicídios, que no nosso país atingem estatísticas de níveis alarmantes. Em 2017, o Atlas da violência feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) em conjunto com o Fórum Brasileiro de Segurança pública, apontou que 94,4% dos homicídios em território nacional vitimaram jovens de 15 a 29 anos.

Já não é novidade que a morte é inevitável, cedo ou tarde todos iremos passar por esse momento que pode ocorrer de forma repentina, deixando laços quebrados, saudades irreparáveis e todo tipo de sensação ruim que o despreparo possa trazer.

Os “Millenials”, como se compreende o grupo de pessoas que compõe as gerações de 80 ao início de 2000, veem o mundo de forma diferente. As tendências comportamentais e psicológicas contrastam muito com as pessoas mais antigas em vários aspectos. Eles parecem ter um desprendimento maior com as questões tradicionais, como emprego, vínculos emotivos e até mesmo a forma como encaram a morte ou religiosidade. Estão muito mais conectados com o hoje do que com o amanhã ou o ontem.

Ainda assim, muitos jovens ao redor do mundo, tem demonstrado uma consciência sobre a morte que vai além do que se refere à bens materiais. É inegável que o número de procuras por testamentos tem aumentado expressivamente dentre esse grupo de indivíduos. Podemos estar vivendo uma revoluçãm o conceitual do fim da vida.

Tanto é assim que hoje temos o que são conhecidos como cafés da morte, você já ouviu falar?

Nestes cafés pessoas que nem se conhecem compartilham seus temores e trocam ideias e opiniões sobre o medo da morte. É uma forma não-lucrativa de se filosofar sobre algo que é tratado desde sempre como tabu.

Os cafés da morte podem ser geridos por qualquer pessoa em qualquer comunidade. John Underwood inaugurou esse movimento e operou um café da morte em seu local de criação no Reino Unido até 2017, quando morreu repentinamente. Desde então os cafés da morte tem surgido por vários cantos do mundo, como Bulgária, Índia, Brasil e Tailândia. Basta uma rápida busca no Google para encontrar o mais próximo a sua casa.

Essa popularidade desses cafés está mudando a imagem da morte, principalmente para os jovens. Esse movimento reflete o desejo pelo cuidado com os mortos e os laços com seus familiares. Ao invés de ficar preso em burocracias de grandes corporações, a positividade da morte argumenta que cada indivíduo deve ter uma relação íntima e autônoma com sua própria morte. No final de sua vida, aquela pessoa com tantas histórias para contar deveria ter algo a dizer.

É justamente isso que te proporcionamos gratuitamente na plataforma digital da Guardadoria. Um espaço seguro, simples e eficiente para você registrar suas memórias e compartilhá-las com os guardiões da sua vida. Acreditamos que este é um caminho para diminuir a sensação de dor e desamparo usuais que surgem com o fim da vida.

No ano de 2020, nós brasileiros conhecemos os horrores de uma nova pandemia global e a situação vem mudando cada vez mais de patamar. O Brasil tem um alto número de mortos, e a procura por cuidados pós-morte só aumenta. 

O CNB-CF (Colégio Notarial do Brasil – Conselho Federal) divulgou que o registro de testamento cresceu em 134% em 2020, sendo realizados também através de videoconferências online. Os estados com maior procura foram: Amazonas (1000%), Ceará (933%), Roraima (400%), Distrito Federal (339%). Esse aumento contabilizou profissionais da saúde, idosos e até mesmo uma boa parcela de jovens.

Esse aumento representa a superação de um tabu e a conscientização da população de que o planejamento sucessório é extremamente importante. As brigas familiares também tendem a ser evitadas com esse simples planejamento prévio. A vontade do falecido há de ser conhecida e respeitada através de ações simples que ele mesmo pode tomar em vida.

Esse é um exemplo de como há um movimento de preocupação com essa problemática em todo o mundo, inclusive no Brasil. Esse novo mercado está definitivamente conscientizando de forma diferente as pessoas diante de um momento tão singular das nossas vidas. O objetivo é fazer com que seja um momento de conexão e não de brutal desconexão, como são os velórios tradicionais.

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Para saber como planejar seu funeral para o dia em que ele for necessário leia também o texto Como planejar seu funeral ainda em vida.

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